Maternidade

Acabei de escrever um comentário num dos blogues que sigo religiosamente que a maternidade compensa tudo.
Quando era mais jovem e especialmente quando não era mãe, dizia-me a minha irmã e seu marido, quando tiveres filhos a tua vida vai mudar por completo, mas acredita que é a melhor "coisa" que podes fazer.
E mais especialmente perceber a seguinte expressão muito utilizada pela minha mãe "Quando fores mãe tu vais dar valor..."
E não é que tinham razão, apesar de tudo, isto é, 22 meses sem dormir uma noite completa, das birras, da rabugice da  minha pequena, tudo, mas mesmo tudo, é compensado, quando acordo pela manhã com ela a chamar, e mal pego nela ao colo, ela me dá um abraço grande, e nesse mesmo momento, tudo o resto não importa, pois eu sinto-me a mulher mais feliz e realizada deste mundo.
Sou uma mãe galinha e provavelmente até um pouco demais dependente da minha filha e da sua completa felicidade.
O meu marido e alguns amigos dizem-me que desde que ela nasceu que não tenho vida própria, e talvez até tenham razão, mas se eu sou feliz assim o que fazer?

Silêncio

Desde que nasceu a minha pequena, que estranho o silêncio. No inicio porque pobrezinha chorava de dores com as cólicas, posteriormente porque desde cedo começou a palrar, e actualmente porque parece um rádio - sempre sintonizado.
Então, por vezes, quando estou no silêncio do m/ escritório, ou quando ela está a dormir, sinto muita falta da sua "conversa", do seu rodopio, pois não fica quieta dois segundos.
Imagino que quando comece a falar mais ou menos convenientemente, vai ser fabuloso, ou então talvez me vá sentir como algumas daquelas mães, que já tive oportunidade de ouvir e que se queixam e dizem "não se cala, deus me livre"....
Ora, eu como ainda não sei o que isso é, pelo menos de forma absolutamente perceptível, penso que como palradora profissional que sou, pois até me dói a alma se tenho que ficar calada mais do que 20 minutos, acho que vou ficar muito feliz quando alguém me der "troco" e o meu marido creio que também ficará muito feliz, pois, assim terá algum descanso.

Pérolas

Após 20 meses de maternidade, cheguei á conclusão que devia elaborar uma lista das pérolas  que nós mães somos "obrigadas" a ouvir, da boca daqueles que nos rodeiam, e a verdade é que, modéstia á parte, cada vez me convenço mais, que de facto até sou dotada de uma infinita paciência.

 

A falta da compilação de tais pérolas, significaria sem dúvida uma grande perda para as gerações vindouras, e como não posso permitir tal acontecimento, vou enumerar algumas das que me têm acompanhado, para que fique registado na "estória".

 

Ora, sou a feliz mãe de uma linda menina, e alguns dos vaticínios referentes á menina são os seguintes:



1 - No inicio tinha a menina 15 dias e  como todos os recém nascidos, tinha as mãos grandes, e então naquela data, a minha filha ia ser pianista!!!

2 - As cólicas, não eram cólicas, a bebé tinha o sono trocado, como dormia uma média de 16 horas por dia, nunca compreendi como tal era possível, mas, adiante...

 

3 - Depois, e porque a menina se recusava a andar, e apesar de eu afirmar que a bebé vai ter a vida toda para andar, - tal não surtia qualquer efeito -  ora, a reles consequência de a minha mini terrorista continuar a gatinhar, é que vai ficar com as mãos grandes e defeituosas! Que tristeza! E eu a pensar que a minha pequena ia ser pianista!!!!!

 

4 - No início a minha menina não engordava, porque o meu leite era fraco, não adiantou dizer que o leite materno nunca é fraco, facto que até está comprovado cientificamente, assim, deixei de amamentar e começou a pequena a tomar  suplemento, então a menina era assim "ruimzinha", saía á mãe, que também sempre foi magra e comia para sobreviver, ao contrário de actualmente que vive para comer.

 

Pois é uma das tristezas da maternidade, é que fiquei com um apetite voraz, quase tudo, mas mesmo tudo me agrada, - salgados, doces, "assim - assim", - é impressionante, a quantidade de comida que consigo  ingerir, concluindo, como que nem um alarve.

 

Voltando ás nossas pérolas,

 

5 - A menina não pode chorar, pois chorar "encharca os pulmões"....sem comentários.

 

6 - Tem que se pôr a pequenina no "pote" a partir dos seis meses para se habituar.... palavras para quê...

 

A verdade é que como nunca fiz um registo destas pérolas, provavelmente estou a esquecer-me das mais engraçadas e hilariantes, com muita pena minha...... 

 

Mas no futuro quiçá voltaremos ás pérolas........

Mini Terrorista

É mais que evidente, sou a feliz mãe de uma menina mini terrorista!!
Por vezes desespero, é uma realidade, mas entretanto, ela olha para mim com os olhinhos perliquitantes, a mandar beijinhos, especialmente quando anda a fazer aquilo que a gente considera asneira, designadamente, tentar deitar ao chão tudo aquilo a que consegue chegar, (DVD, comandos, telemóveis,louças) bonecos, bolas e peças de puzzles a voar, mas eu não resisto!!!!
Como diz a sábia da minha mãe, com aquele ar de quem já viu muito, qualquer dia a pequena manda em casa.
É verdade, lá terá a sua razão, mas também é verdade, que para já prefiro uma mini terrorista, do que uma molengona, como alegadamente era o pai, talvez um dia me venha a arrepender destas palavras, mas não creio.
Ás vezes, interrogo-me, será que mais tarde, ainda vai ser pior?Será que devia começar a impor alguma disciplina?

Após um ano..........

Nem posso acreditar que já passou um ano desde que veio ao mundo, o ser mais maravilhoso, e que preenche mais a minha vida!!!

É verdade, sou doente, sou vidrada na minha filhota, o meu marido por vezes diz que sou completamente obcecada, e mais que provavelmente tem a sua razão.

Na verdade, como profissional liberal que sou, não tive direito aos 4 meses de maternidade, que quase todas as recém mamãs cumulam com férias e que na maioria dos casos passam a 6 meses, mas tive uma grande vantagem, pelo facto do meu marido exercer a mesma profissão que eu, no mesmo escritório pelo que durante quase dois meses não tive grandes preocupações laborais, podendo ficar em casa com a minha pequenina, e tão pequenina que ela era.

 

Mas ainda me recordo daquela primeira vez que deixei a minha pequenina, com os avós paternos, por razões de trabalho, chorei a viagem toda - que parva!!!!

Certo é que ainda hoje, quando tenho que a deixar com os avós paternos e ou maternos, fico sempre preocupada, porque podem não saber o que ela quer, ela ainda não fala, e confesso que como mãe que regra geral advinha quase sempre o que a princesinha pretende, creio que não falará tão cedo, pois não tem grande necessidade de se fazer perceber.

Além do mais tenho a p.d.m., e desculpem-me a expressão, que só eu é que sei tratar da minha filha, não existindo mais ninguém no universo que seja capaz de tal feito!

Isto sou eu a racionalizar, pois regra geral no que diz respeito á minha mais que tudo, não o consigo fazer, eu é que sei e PONTO FINAL PARÁGRAFO!

 

E já passou um ano, ainda não posso acreditar, o tempo voou, mas voou mesmo, sendo que eu faço tudo para aproveitar todos os momentos que posso para estar com a minha princesinha, mas mesmo assim, a minha alma fica estupefacta, quando vejo algumas fotos e ou videos da minha princesa.

E penso: Meu deus ela era assim!!Tão pequenina!Como é possível!

 

E depois penso: O que direi daqui a 10 anos.